quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014


NOSSO AMIGO... O SOL   .

            Numa cidade do interior mineiro, um desses representantes comerciais que vivem vendendo coisas tomava o café da manhã numa padaria quando observou um indivíduo que revirava o lixo em busca de alguma coisa. Material reciclável ou comida talvez.
            Com ar incrédulo virou-se para o cidadão que estava ao seu lado no balcão e perguntou:
___ Quem é o sujeito? Porque se encontra nessa situação?
___ Não se preocupe ___ respondeu o cidadão achando aquilo a coisa mais normal do mundo ___ ele é o nosso amigo Sol e, junto com mais algumas pessoas da cidade vive revirando o lixo em busca da sobrevivência. Você sabe “né”? São pessoas que não tem famílias que olhem por elas.
___ Eu acreditava que só nos grandes centros encontraríamos esse tipo de situação ___ continuou o vendedor achando que numa cidade daquele porte a coisa poderia ser diferente ___  mas, a título de curiosidade, responda-me: Porque o apelido de Sol?
___ Simples. Ele é que nem o sol, está em todos os lugares que a gente vai, seja na periferia, no centro, nas festas ou, sem festa, lá “tá” ele catando suas latinhas e seu papelão. A gente já se acostumou. “Pra” dizer a verdade, acho até que já virou patrimônio histórico do município.
            O vendedor acabou seu desjejum, pagou a conta, despediu-se do cidadão com quem conversava e saiu comentando consigo mesmo: “Melhor seria este sujeito das latinhas ter o apelido de DEUS, pois só Deus se encontra em todos os lugares ao mesmo tempo, inclusive nas pessoas mais frias e de coração duro, e mesmo assim poucos o percebem”.  E foi vender seu produto.
(Toninho Portes )

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